terça-feira, 30 de setembro de 2008

ONU aponta fuga de paquistaneses para o Afeganistão

A agência de refugiados da ONU disse nesta segunda-feira que 20 mil pessoas fugiram da região tribal de Bajaur, no Paquistão, para buscar refúgio no Afeganistão em meio a combates entre tropas e militantes na área.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) afirma que quase 4 mil famílias entraram na província de Kunar, no Afeganistão.

Outros cerca de 300 mil foram forçados a abandonar suas casas por causa dos confrontos, embora o Paquistão diga que muitos conseguiram refúgio na própria região.

Militares paquistaneses lançaram uma ofensiva em Bajaur e dizem ter matado mais de 2 mil militantes.

Direção oposta

A agência de refugiados da ONU diz que a maioria dos que fugiram retornará para casa assim que os confrontos na região terminarem.

Segundo a agência, cerca de 70% das famílias são do Paquistão, mas o resto é formado por afegãos que viviam no país. No passado, refugiados afegãos cruzaram a fronteira na direção oposta.

Cerca de 4 milhões de afegãos fugiram da violência e foram procurar refúgio no Paquistão nas décadas de 80 e 90, mas mais da metade já voltou ao país de origem.

Recentemente, a agência pediu doações de mais de US$ 17 milhões para ajudar cerca de 250 mil pessoas desalojadas pelos confrontos e por inundações no noroeste do Paquisão.

Segundo a entidade, o dinheiro era necessário para a compra de barracas, cobertores e outros materiais.

Ataques

Tentativas do governo paquistanês de negociar com os militantes nas áreas fronteiriças com o Afeganistão parecem ter fracassado, de acordo com correspondentes da BBC na região.

O Paquistão sofreu uma série de ataques suicidas atribuídos a grupo militantes - incluindo um grande atentado neste mês que deixou mais de 50 mortos no hotel Marriott em Islamabad.

Militantes usam as áreas tribais como base para operações no Paquistão e do outro lado da fronteira, no Afeganistão.

Acredita-se que o Talebã e a Al-Qaeda estariam operando na região após terem sido forçados para fora do Afeganistão.

A presença dos grupos radicais nas regiões fronteiriças resultou em ataques americanos dentro do Paquistão.

Os ataques irritaram o governo paquistanês e, como resultado, houve incidentes na fronteira em que tropas paquistanesas atiraram contra helicópteros americanos por uma suposta violação de espaço aéreo.


Fonte: BBC Brasil

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

52 Refugiados Somalis morrem em barco!

SAN'A - Pelo menos 52 somalis morreram numa embarcação que foi deixada a deriva por dezoito dias nas águas do Golfo de Aden, na costa do Yemen. O anúncio foi feito ontem pelo Alto Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR). Segundo o comunicado, o barco que transportava 124 refugiados partiu da Somália em direção ao Yemen no dia 3 de setembro, mas quebrou algumas horas depois. Sob pretexto de que iriam recarregar as baterias do motor e prometendo voltar rapidamente, os tripulantes partiram numa embarcação menor, deixando os passageiros sem água e sem comida. Os tripulantes não voltaram. Quando o barco se aproximou um pouco da costa, três passageiros se jogaram no mar numa tentativa de buscar socorro. Um deles morreu, porém os dois outros acabaram conseguindo avisar a Guarda Costeira iemenita que fez o resgate no dia 21 de Setembro. Os passageiros somalis, com idade entre 2 e 40 anos, haviam pago entre US$ 70 e US$ 100 para fazer a travessia, deixando para trás seu país devastado pela guerra, pela insegurança e pelo desemprego. Segundo estimativas da ONU somente neste ano mais de 31 mil pessoas entre somalis e etíopes tentaram a arriscada travessia pelo Golfo de Adén, 228 morreram e outras 262 estão desaparecidas.Ontem também na Costa da Somália, piratas pediram US$ 20 milhões de resgate para liberar o navio Faina, de bandeira ucraniana, que está nas mãos do grupo. O navio, carregado com 33 tanques russos T-72 e armamento pesado, seguia para o Quênia, quando foi capturado.

Fonte: Agencia Estado

domingo, 28 de setembro de 2008

Refugiados Palestinos no Brasil

Refugiados palestinos completam um ano em Mogi das Cruzes

Imigrantes já falam a língua e se integraram ao mercado de trabalho.
Eles vieram através de acordo do governo brasileiro com a ONU.


Os 56 palestinos que encontraram refúgio há mais de um ano em Mogi das Cruzes, a 57 quilômetros de distância de São Paulo, já estão se sentindo em casa. Apesar de alguns problemas com o idioma, eles já trabalham e estudam e não pensam em deixar o Brasil tão cedo.

Eles vieram através de um acordo do governo brasileiro com a ONU, que teve como objetivo atender os palestinos refugiados do Iraque após a queda do regime de Saddam Hussein em 2003, quando passaram a ser perseguidos.

Integração


Em um restaurante árabe da cidade, o grande desafio para o comerciante era conseguir um cozinheiro especialista no assunto. Foi então que Salah surgiu do outro lado do atlântico. Aos sessenta anos ele deixou a família no Iraque pra viver no Brasil. Ele já tem lições das primeiras aulas de português, e aos poucos ele aprende a falar o idioma.


O jovem garçom Ahmad, de vinte anos, também aproveita a oportunidade de ganhar a vida longe da guerra. Ele teve de fazer uma pequena adaptação em seu nome para agradar a clientela: passou a se chamar Armando. Ele diz que os clientes acham mais fácil chamá-lo assim.


A pequena Nur, de 11 anos, está na segunda série e já diz, em português, que falar a língua não é muito difícil. Sua irmã Hanan, de 12 anos, cursa a terceira série e já começa a enxergar as diferenças entre um Iraque em conflito e um Brasil de paz e liberdade. Ela diz que o país é muito bom, e que não há diferença entre muçulmanos e católicos, entre mesquita e igreja.


Mogi das Cruzes abriga 64 refugiados. Quando chegam aqui, eles recebem cuidados da Cáritas Brasileira, instituição que dá apoio para moradia, auxílio médico e psicológico.


Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL772408-5605,00.html

Atualização: 24/09/08 - 17h05

sábado, 27 de setembro de 2008

Notícias de última hora

Segue abaixo reportagem veiculada pelo site Folha Online sobre uma opositora do presidente boliviano, Evo Morales, que diz ter conseguido status de refugiada, junto ao governo brasileiro, em função da recente crise boliviana. Entretanto, a ONU negou esta infomação.

"O jornal "Los Tiempos", de Cochabamba (Bolívia), noticiou nesta sexta-feira que a presidente do Comitê Cívico do departamento (Estado) boliviano de Pando, Ana Melena, disse ter obtido status de refugiada no Brasil, ontem (25), na cidade brasileira de Brasileia (AC). Em nota, o Acnur (agência da ONU para refugiados) negou a afirmação.

Brasileia recebeu dezenas de opositores do presidente boliviano, Evo Morales, depois que o governo federal decretou estado de sítio em Pando, no último dia 12. O governo afirma que adotou o estado de sítio devido ao nível de violência alcançado, dias antes, em um ataque a camponeses pró-Morales, na localidade de El Porvenir. Ao menos 17 morreram.

De acordo com o "Los Tiempos", Melena estava desaparecida desde o último dia 13, um dia depois da decretação do estado de sítio. Em Brasileia, ela disse que seria transferida a uma outra cidade brasileira.

Na nota, o Acnur diz que "não concedeu refúgio" a Melena e não comenta casos individuais porque "a solicitação de refúgio no Brasil é pautada pelo princípio da confidencialidade".

Na entrevista ao "Los Tiempos", Melena teria afirmado que os trâmites foram realizados pelo "governo brasileiro e pelas autoridades do Acnur". "Informou também que há outros pandinos seguindo o mesmo caminho. Um deles é Ricardo Shimokawa, vice-presidente cívico, que está a ponto de obter a mesma certificação", informa a publicação.

Depois da decretação do estado de sítio, ao menos dez pessoas foram presas suspeitas de envolvimento na chacina. Entre elas está o governador de Pando, Leopoldo Fernández. Ele permanece preso na cadeia de São Pedro, em La Paz, acusado de ter incentivado o crime e desrespeitado o estado de sítio.

Fernández é um dos cinco governadores de oposição da Bolívia --que tem, ao todo, nove governadores."

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u449394.shtml

domingo, 21 de setembro de 2008

Depoimentos de palestinos refugiados há um ano no Rio Grande do Sul (parte 2):

21 de setembro de 2008 | N° 15733

PALESTINOS NO BRASIL

“Se continuar assim, preferimos ir embora”

Se a família de Sabiha Mohammad Ahmad, 59 anos, tivesse de escolher, hoje, entre ficar no Brasil ou voltar para Bagdá, voltaria. Mas Sabiha e os quatro filhos resolveram dar mais uma chance para o país que os acolheu e para si mesmos. Porque, na verdade, o problema deles não é com o Brasil ou com os brasileiros. O protesto envolve a relação deles com a ONU.

Morando em Venâncio Aires desde novembro do ano passado, a família de Sabiha está descontente, principalmente no que diz respeito ao lugar onde moram e ao atendimento de saúde que recebem. Ela diz:

– Se não cuidarem da gente e não formos bem tratados pela ONU, preferimos ir embora.

Sabiha mora com os dois filhos solteiros em um apartamento do centro de Venâncio Aires – os outros dois, casados, foram acomodados em outro lugar. Na cidade, é a segunda moradia da família, que considera pequeno e úmido o apartamento de dois quartos do terceiro piso. Mas a revolta também está relacionada ao atendimento médico. Com problemas de respiração e de coluna, o filho mais velho, Loay Samir Odaa, 31 anos, mal sai de casa: não consegue descer as escadas e nem caminhar até a esquina. O irmão mais novo, Hecham Samir Odaa, 23 anos, sente dores no peito e muito cansaço. Ninguém descobre o que ele tem.

– Tem muita coisa faltando para nós aqui. Nem emprego consegui arrumar até agora. Como vamos nos sustentar depois que deixarmos de depender da ONU? – reclama o outro filho de Sabiha, Hossam Samir Orabi, 32 anos, que deve se tornar pai ainda este ano.

Já para Abrahim Said Atieh Abu Zahrah, 54 anos, Brasil rima com paraíso. É o que diz desde que chegou a Venâncio Aires, com a mulher Siham Mahmud Abdallah, 49 anos, e a filha Sabrin Ibrahim Said Abu Zahrah, 18 anos, em setembro do ano passado. Mas, ao completar um ano no país, vindos da Jordânia, eles não estão 100% felizes. A distância do filho mais velho, que ficou no Iraque com a família, faz com que a vida de Abrahim, Siham e Sabrin seja um inferno. Em pleno paraíso.

Abrahim não vê o filho há cinco anos. Não conseguiu ir ao casamento dele e não conhece os dois netos, de dois anos e meio e dois meses. O único contato é pelo telefone, aos domingos.

– A vida deles está horrível: passam fome, frio, estão doentes. Como estarei bem aqui sabendo que não estão bem lá? – lamenta.

Não há um único dia que Abrahim não fale no filho, para quem quer que seja. No armário da sala, os porta-retratos tentam disfarçar a saudade. Na televisão, o DVD do casamento é exibido aos visitantes que entram no apartamento, no centro de Venâncio Aires. Ele e a mulher mal dormem à noite, e os problemas de saúde se agravaram. As brigas se tornaram constantes. Por isso, resolveram protestar: deixaram de ir ao médico, de tomar remédios e de assistir às aulas de português.

samia.frantz@zerohora.com.br

SÂMIA FRANTZ | VENÂNCIO AIRES
Por que estão descontentes?
No caso da família de Sabiha Mohammad Ahmad, o problema é de infra-estrutura. No da família de Abrahim Said Atieh, são os problemas de saúde e, principalmente, a ausência do filho mais velho, que permaneceu no Iraque.

Depoimentos de palestinos refugiados há um ano no Rio Grande do Sul:

21 de setembro de 2008 | N° 15733

PALESTINOS NO BRASIL

“Estamos bem, graças a Deus e aos brasileiros”

Duas visões sobre o Brasil

Em meio à névoa com o aroma doce de maçã emanada do narguilé, a palestina Salha Mohammad Nassar, 53 anos, observa os homens fumando e preservando um naco da cultura islâmica em uma calma rua de Sapucaia do Sul. Olha através da porta aberta, ajeita-se no sofá e suspira: – Estamos muito bem, graças a Deus. A expressão, então, torna-se ainda mais contemplativa, e ela arremata: – ... e graças aos brasileiros.

O comentário está longe de ser uma expressão vazia. Pelo contrário, é repleto de simbolismo e conteúdo, apesar da brevidade e da singeleza.

Com seu marido, Faez Ahmad Abbas, 62 anos, ela veio para o Brasil um ano atrás na condição de refugiada. Deixou um casal de filhos – ela com 33 anos, e ele com 35 – e até diz ter do que se queixar. Mas, durante quase duas horas de conversa com ZH, só 10 minutos são de reclamações sobre a ausência de um professor mais eficaz para lhes ensinar um português fluente e sobre o auxílio de R$ 760 prestado pela ONU ao casal (com aluguel pago). Tudo muito pouco, acham eles. Mas as graças a Alá ficam por conta da disposição dos vizinhos brasileiros em ajudá-los. Nos seus nove primeiros meses de Brasil vivendo em Rio Grande e nos últimos três em Sapucaia do Sul, a palestina diz que sempre houve quem lhes oferecesse ajuda e fizesse companhia.

A casa estava cheia na tarde ensolarada de sexta-feira. Além do casal, os amigos Teisir Mahmoud Ibrahim, 54 anos, Youssef Mansour al-Manasir, 62 anos, e Kalil Kansaou (o único brasileiro) compartilhavam o narguilé.

Foi quando eles se lembraram de uma brincadeira também compartilhada. Os vizinhos brasileiros costumam insistir na seguinte pergunta:

– É verdade que vocês podem se casar com quatro mulheres?

Um minuto de risos intensos. Silêncio. Aí, entra a reportagem, para realizar, enfim, nada mais do que a sua obrigação:

– ... bem, é verdade que vocês podem se casar com quatro mulheres?

Três minutos de risos, mais intensos ainda.

Nesse clima, os palestinos tocam a vida gaúcha, com a estante da TV ostentando a cuia do chimarrão, o narguilé e um Alcorão. No pátio, plantio de batata, salsinha, cebola, alho e pimenta. Em pleno Ramadã, chá de hortelã para as visitas. Sagradas são as cinco rezas diárias. A porta sempre aberta. A alegria pelo mosaico étnico brasileiro e a aceitação do diferente. Junto à fumaça do narguilé, aroma de felicidade.

E os casamentos?

Sim, podem ter quatro mulheres. Salha franze o senho, brava com a resposta.

Esperto, Faez sorri e quase salta do sofá para evitar um conflito conjugal:

– Imagina só, eu teria de pôr cada uma em uma casa. A ONU não pagaria.

Matéria por LÉO GERCHMANN - Publicada em Zero Hora no dia 21/09/2008

LÉO GERCHMANN | SAPUCAIA DO SUL
Por que estão contentes?
Apesar de desejar uma melhora nas condições materiais, o casal Faez Ahmad Abbas e Salha Mohammad Nassar sente-se acolhido pelos brasileiros e pelos amigos, com quem passam o dia na casa de Sapucaia do Sul.

sábado, 20 de setembro de 2008

Bolívia pede devolução de refugiados

Aproximadamente 400 bolivianos ligados a governador oposicionista fugiram para duas cidades do Acre

O governo da Bolívia pediu ao Brasil que expulse dezenas de opositores que cruzaram a fronteira para se refugiar em território brasileiro, depois de uma onda de violência que deixou pelo menos 17 mortos no departamento (Estado) de Pando.Calcula-se que cerca de 400 bolivianos simpatizantes do governador do departamento, Leopoldo Fernández, fugiram para as cidades de Brasiléia e Epitaciolândia, no Acre, inclusive funcionários públicos que temiam represálias. Fernández está preso em La Paz sob a acusação de genocídio. Ontem, ele disse que nunca pediu asilo ao Brasil e afirmou ter pensado em se suicidar quando foi detido, na quarta-feira. Também afirmou ser vítima de uma “perseguição política” do governo do presidente Evo Morales. Entre os bolivianos que atravessaram a fronteira está Ana Melena, dirigente cívica de Pando acusada pelo governo central acusa de ser uma das mentoras da violência contra trabalhadores rurais pró-Morales.– Entramos em contato com as autoridades brasileiras para informar que se tratam de criminosos e não convém ao Brasil dar asilo a eles. Uma vez identificados, eles deveriam ser expulsos – disse o chefe de gabinete do governo boliviano, Alfredo Rada, em declarações a jornalistas.
La Paz

Fonte: ZERO HORA, 20/09/2008.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Google e os refugiados

Para os que não sabem, as operações humanitárias promovidas pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) podem ser visualizadas pelo Google Earth desde o segundo trimestre de 2008. Uma parceria entre o ACNUR e a empresa Google lançou o "Google Earth Outreach", um programa de mapeamento que permite observar as principais crises de deslocamento forçado no mundo e o esforço humanitário utilizado para ajudar essas pessoas. Este novo sistema permite ao usuário sobrepor camadas de informação, como vídeos, áudio e textos. Conforme notícia veiculada pelo site do ACNUR, existem três níveis de camadas:

"A primeira fornece uma visão do próprio ACNUR e leva o usuário para uma jornada nas três principais crises de deslocamento forçado do mundo: Darfur/Chade, Iraque e Colômbia. O impacto em países vizinhos, incluindo o Sudão, Síria e Equador, também é explorado. A localização de campos de refugiados também é destacada no Google Earth Maps. Um segundo nível leva o usuário para mais perto da vida dos refugiados, explorando elementos como saúde dos refugiados, educação, água e instalações sanitárias. Janelas de pop-up vinculadas a pontos geográficos precisos em campos e comunidades de refugiados oferecem explicações adicionais por escrito, além de fotos e vídeos sobre necessidades específicas e as operações. O terceiro nível, com uma visão macro, leva o visitante diretamente para dentro de um campo de refugiados, permitindo-o conhecer as escolas, os pontos de coleta de água e outras infra-estruturas."

Tendo em vista que aproximadamente 350 milhões de usuários já fizeram o download do Google Earth, este novo programa se torna uma ferramenta poderosa para uma maior divulgação e conscientização das pessoas sobre o drama passado por cerca de 67 milhões de pessoas no mundo, conforme dados do ACNUR divulgados em junho deste ano.

Para os interessados em baixar este complemento do Google Earth, basta fazer o download do arquivo no site abaixo. Depois abra o Google Earth, clique sobre o arquivo baixado e logo em seguida aparecerá na tela do Google Earth uma legenda do ACNUR. Após, é só "visitar" os países para achar as informações disponibilizadas pela agência da ONU para os refugiados.

Download Google Earth Outreach

www.unhcr.org/googleearth


Maiores informações

http://www.acnur.org/paginas/?id_pag=7489

por Marcelo Leal

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Notícias de última hora

A Justiça Federal Brasileira concedeu status de refugiado a dois irmãos israelenses, contrariando o Comitê Nacional de Refugiados (CONARE), que havia indeferido o pedido de refúgio. Essa decisão é considerada inédita no país, tendo em vista que, a princípio, somente o CONARE teria competência para conceder o status.
Conforme notícia vinculada pela Folha Online, os dois estrangeiros teriam vindo para o Brasil em 2006, durante a Guerra do Líbano, e entraram com pedido de status de refugiado junto ao CONARE, alegando temer que fossem alvos da guerra. Também alegaram sofrerem discriminação religiosa pelo fato de serem cristãos, em meio a uma comunidade de maioria judaica.
No momento, a Advocacia Geral da União (AGU) entrou com recurso alegando que a concessão de status de refugiado no Brasil só pode ser feita pelo Executivo.

Para os interessados, segue link com reportagem de Matheus Pichonelli e Tiago Reis na Folha Online:
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u442658.shtml
por Marcelo Leal