Aproximadamente 400 bolivianos ligados a governador oposicionista fugiram para duas cidades do Acre
O governo da Bolívia pediu ao Brasil que expulse dezenas de opositores que cruzaram a fronteira para se refugiar em território brasileiro, depois de uma onda de violência que deixou pelo menos 17 mortos no departamento (Estado) de Pando.Calcula-se que cerca de 400 bolivianos simpatizantes do governador do departamento, Leopoldo Fernández, fugiram para as cidades de Brasiléia e Epitaciolândia, no Acre, inclusive funcionários públicos que temiam represálias. Fernández está preso em La Paz sob a acusação de genocídio. Ontem, ele disse que nunca pediu asilo ao Brasil e afirmou ter pensado em se suicidar quando foi detido, na quarta-feira. Também afirmou ser vítima de uma “perseguição política” do governo do presidente Evo Morales. Entre os bolivianos que atravessaram a fronteira está Ana Melena, dirigente cívica de Pando acusada pelo governo central acusa de ser uma das mentoras da violência contra trabalhadores rurais pró-Morales.– Entramos em contato com as autoridades brasileiras para informar que se tratam de criminosos e não convém ao Brasil dar asilo a eles. Uma vez identificados, eles deveriam ser expulsos – disse o chefe de gabinete do governo boliviano, Alfredo Rada, em declarações a jornalistas.
La Paz
Fonte: ZERO HORA, 20/09/2008.
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Um comentário:
A ação brasileira, neste caso, diz respeito a um conjunto inteiro de ações que podem tornar nosso país um mediador pacifista, ou um poderoso aliado para um dos lados do conflito. Mais uma vez, o contexto força o Brasil a tomar decisões e forçar inimizades desnecessárias, o que parece ser um dos principais objetivos do conflito: desestabilizar a América do Sul e segregar a unidade latina.
Natália
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