sábado, 27 de setembro de 2008

Notícias de última hora

Segue abaixo reportagem veiculada pelo site Folha Online sobre uma opositora do presidente boliviano, Evo Morales, que diz ter conseguido status de refugiada, junto ao governo brasileiro, em função da recente crise boliviana. Entretanto, a ONU negou esta infomação.

"O jornal "Los Tiempos", de Cochabamba (Bolívia), noticiou nesta sexta-feira que a presidente do Comitê Cívico do departamento (Estado) boliviano de Pando, Ana Melena, disse ter obtido status de refugiada no Brasil, ontem (25), na cidade brasileira de Brasileia (AC). Em nota, o Acnur (agência da ONU para refugiados) negou a afirmação.

Brasileia recebeu dezenas de opositores do presidente boliviano, Evo Morales, depois que o governo federal decretou estado de sítio em Pando, no último dia 12. O governo afirma que adotou o estado de sítio devido ao nível de violência alcançado, dias antes, em um ataque a camponeses pró-Morales, na localidade de El Porvenir. Ao menos 17 morreram.

De acordo com o "Los Tiempos", Melena estava desaparecida desde o último dia 13, um dia depois da decretação do estado de sítio. Em Brasileia, ela disse que seria transferida a uma outra cidade brasileira.

Na nota, o Acnur diz que "não concedeu refúgio" a Melena e não comenta casos individuais porque "a solicitação de refúgio no Brasil é pautada pelo princípio da confidencialidade".

Na entrevista ao "Los Tiempos", Melena teria afirmado que os trâmites foram realizados pelo "governo brasileiro e pelas autoridades do Acnur". "Informou também que há outros pandinos seguindo o mesmo caminho. Um deles é Ricardo Shimokawa, vice-presidente cívico, que está a ponto de obter a mesma certificação", informa a publicação.

Depois da decretação do estado de sítio, ao menos dez pessoas foram presas suspeitas de envolvimento na chacina. Entre elas está o governador de Pando, Leopoldo Fernández. Ele permanece preso na cadeia de São Pedro, em La Paz, acusado de ter incentivado o crime e desrespeitado o estado de sítio.

Fernández é um dos cinco governadores de oposição da Bolívia --que tem, ao todo, nove governadores."

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u449394.shtml

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