A maioria dos refugiados, provenientes dos dois lados da fronteira, ficam alojados com familiares. A agência da ONU responsável pela ajuda a refugiados de guerra disse que está apoiando as pessoas em abrigos temporários no Paquistão.
O governo paquistanês, aliado dos EUA, diz que está tentando criar um consenso nacional sobre como combater o terrorismo, especialmente no noroeste do país. Muitos paquistaneses, no entanto, culpam o próprio governo pela violência, por dar apoio à ofensiva americana na perseguição de líderes da Al Qaeda e do Taleban.
Violência
Nesta terça-feira, um jato paquistanês atacou trincheiras de insurgentes na localidade de Bajur e matou cinco pessoas. Durante a madrugada, a artilharia deixou outros 12 extremistas mortos na região, informou o oficial do governo, Jamil Khan. Outros dois homens que habitam a zona tribal e que lutam contra os insurgentes morreram durante o combate.
Desde o mês passado, o Exército americano tem feito ataques freqüentes na região da fronteira com o Afeganistão, usando aviões teleguiados que lançam mísseis sobre alvos supostamente ocupados por terroristas. A ofensiva provocou um contra-ataques de extremistas, que tem realizados constantes ataques suicidas.
A crescente violência no país forçou o recém-eleito presidente, Asif Ali Zardari, viúvo da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto --morta em um atentado terrorista em dezembro-- a pedir nesta segunda-feira (13) uma sessão fechada com o Parlamento para discutir segurança interna.
Nesta terça-feira, um grupo de partidos políticos muçulmanos anunciou publicamente que ataques suicidas não são permitidos pelo islamismo. "Nós, estudiosos da religião, acreditamos que bombardeios suicidas no Paquistão não são legítimos. O islã não autoriza isso", disse o líder da aliança partidária, Sarfraz Naeemi.
A declaração favorece o governo, mas Naeemi também condenou as ações militares do Paquistão no noroeste e autorizou uma missão investigativa para visitar a região.
Fonte: Folha Online
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